quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Segurança Pública na Camacha

Naturalmente, este é um assunto que recorrentemente assume protagonismo na nossa Camacha, por algum assalto, ou sequência, com maior impacto mediático ou outros pormenores relativos à PSP.

Mas atenção que a Camacha não é um "ponto negro" na Madeira nem uma Vila sem ordem ou segurança pública, é sim, uma Vila com problemas que são comuns a muitas outras paragens da nossa ilha e que devem ser combatidos e não usados para outros fins.

Independentemente das "guerras" políticas, o fundo da questão contém um autismo do Ministério da Administração Interna à particularidade da nossa Vila, analisando e gerindo um todo que não existe num país tão rico, multicultural e com diferenças sociais evidentes entre as grandes e as pequenas cidades, as aldeias e Vilas.

Mas hoje falo da "desculpa" estatística, publicamente usada pelo Comando Regional,  para refutar a necessidade de mais PSP na Camacha. Torna-se evidente o sentimento de inoperância ou impotência que anexamos à acção policial, muito por culpa da execução da Lei, da facilidade com que os prevaricadores permanecem em liberdade e continuam a actuar.

Mas vale a pena apresentar queixa de toda e qualquer ocorrência, obrigando com a força dos números a que a desculpa se altere?

Se os decisores da segurança pública escuda-se de números, com a frieza e a subjectividade que sempre têm, é sinal que  ignoram em absoluto o "sentir" social, que por ser subjectivo, implica um maior conhecimento da população e do seu meio. Mais, desconsideram os representantes eleitos, religiosos, civis, públicos e privados,  e os seus apelos e alertas.

Então que nos resta? Ser interventivos, atentos e insistentes!

Apresentemos queixa, sempre que tal for o caso, mantenhamos viva a ideia da necessidade do reforço policial, ainda mais em tempos que se afiguram socialmente mais instáveis, e façamos parte da solução, tomando as nossas devidas medidas de segurança, acautelando os nosso pertences e assumindo comportamentos mais seguros.

Como nota de rodapé, a Câmara Municipal vai promover, conjuntamente com a PSP, acções de sensibilização junto da população mais idosa sobre os cuidados a terem na segurança pessoal e dos seus bens. Também as Instituições do Concelho serão abrangidas, o que, acredito, poderá contribuir para a diminuição dos casos de furto.

1 comentário:

Mary Poppins disse...

Sim, a Camacha não é um ponto negro na Ilha da Madeira, mas a Nogueira já o é. Quem lá vive - e refiro-me a quem é natural do sítio da Nogueira -, tem muitos problemas com a 'vizinhança' indesejada, e com a falta de segurança no Sítio.
A Nogueira agora parece que pertence aos 'mafiosos' do Bairro da Nogueira. Lamento o uso da palavra que deva ser demasiado directo, mas é a verdade. E eu que moro bem perto do bairro, deparo-me quase todos os dias (dia sim, dia sim senhor), com brigas sérias relativas a droga ou só por causa de um maço de tabaco que dá logo pancadaria sangrenta.
Nem todos os que lá vivem são iguais, mas cerca de 80% não são pessoas que consideremos pessoas de bem.
Eu posso dizer, que tenho vergonha do meu sítio por estar a transformar-se em algo surreal, digno de filmes tipo América Proibida.