quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Natal na Camacha

A Noite de Natal já lá vai, mas o espírito mantém-se na nossa Vila Serrana.

Dia 5 de Dezembro, a inauguração dos presépios da Freguesia, feitos pelos escuteiros no coreto da Igreja Velha, e pelos alunos da EB23 na Casa do Povo. Merecem a sua visita, pela beleza e cuidado do trabalho.

Dia 8, a Função do Porco. Embora sem o número de visitantes de outros anos, esta tradição mantém-se, com o empenho da Casa do Povo e a participação espontânea dos Camacheiros "despiqueiros", como o Daniel do Rochão, já uma referência neste tipo de acontecimentos.

Depois as missas do parto. Caso para dizer que a tradição mantém-se e reforça-se, tendo em conta os inúmeros visitantes que encheram a Igreja e a forte animação no final da Missa.

Já antes, o Grupo do Rochão organizou uma romagem, bem cedo, desde os píncaros da Freguesia até à Igreja Nova. Facto marcante, são já muitos os participantes forasteiros, vindo à Camacha "beber" do nosso forte espírito Natalício.

Ponto alto, a Noite de Natal! Mais uma enchente!
Muita, muita gente, muitas cantorias, bailinhos e despiques, convívios à volta das barracas de comes e bebes e de muitos carros de porta-bagagem aberto, bombas, risos, enfim, muita animação e alegria no Centro da Vila, bem iluminada.

Depois da Missa, os Pastores, outra tradição que não esmorece e que mantém muita gente dentro da Igreja até bem depois das 3h00.

Depois, é animação até ao amanhecer, havendo espaço para tudo, já que a noite estava agradável, sem vento nem chuva.

Agora, é esperar pelo Auto de Natal, dia 1 de Dezembro às 15h00 na Igreja Velha da Camacha, contando que vocês também lá estará para assistir aos Encontros da Eira, Grupo Coral e Tuna de Bandolins da CPC, e os "Grupos de Pastores" dos vários sítios da Camacha.

E, claro, se perdeu tudo isto, não falte a nada para o próximo ano!

terça-feira, 6 de março de 2007

PSP na Camacha

Encerrou a Esquadra da PSP na Camacha... Muito se tem opinado, escrito e dito sobre este assunto, que a todos os Camacheiros interessa.

Um facto... Como sempre e com todos os anteriores Chefes, foi sempre convidado a estar presente em cerimónias da Casa do Povo, da Junta de Freguesia, das escolas, do Clube e muitas mais. Foi sempre convidado a pertencer a diversos grupos de trabalho que envolviam as entidades da Freguesia. Foi sempre chamado a se envolver na vida da Vila cuja segurança geria.

Outro facto... Nunca compareceu a eventos oficiais em representação da PSP. Não acedeu aos convites das entidades e das forças vivas da Vila. Não participou activamente na "vida da Vila". Não se mostrou interessado em conhecer o modo de vida Camacheiro.

Resultado... Muitos Camacheiros nem conheceram o Chefe da esquadra. Factualmente, não conhecia o modo de vida, o modo particular de pensar e sentir as coisas.

A Camacha e os camacheiros são diferentes, é um Vila Serrana, com especificidades que precisam ser conhecidas e entendidas por quem interfere directamente no quotidiano e segurança das pessoas. Não aconteceu...

Também facto... A esquadra da Camacha estava instalada num edifício antigo, com parcas condições de trabalho. Parcas mas minimamente existentes. Intrincado neste aspecto, temos as queixas dos agentes que, entretanto transferidos para a esquadra de Santa Cruz, se vêem obrigados a mudar de roupa num espaço exíguo e muitas vezes até num quarto que não o vestiário.

Mais um facto... Como reafirmado em Janeiro pelo Presidente do Governo, no próximo ano a PSP contará com novas instalações, feitas de raiz, na Vila da Camacha.

Ainda outro facto... Há alguns anos foi instalado um posto da PSP no Complexo Habitacional da Nogueira. Por falta de segurança das instalações, ou outros aspectos a isso ligados, foi desactivado. Agora, encerrada a esquadra da PSP, esse espaço foi reactivado. Duas salas, onde teremos sempre um agente PSP disponível para atender o cidadão e, quando necessário, outro agente para proceder a inquéritos e outros aspectos processuais.

Fechou-se uma esquadra sem condições, transferiram-se agentes para uma esquadra que passou a não ter condições suficientes e reabriu-se um espaço com falta de espaço e, passe a redundância, melhores condições.

Felizmente, também por acção enérgica junto ao Comandante Regional por parte das entidades oficiais, como o Presidente da CMSC, foi reforçado o policiamento ambulatório na Vila da Camacha, mas nada que calasse a revolta do camacheiros.

Entenda-se: esta Vila cresceu com uma esquadra com um Comandante participativo e presente. Implantou-se um Bairro social que trouxe consigo insegurança a vários níveis, droga e outros problemas sociais.

Resultado: Fechar a esquadra resultou num sentimento de insegurança que não se desvanece com policiamento ambulatório reforçado. É real e notório que se aumentou o numero de efectivos e, logo, a segurança está mesmo reforçada. Aqui, claramente, esta Vila ficou a ganhar, mas o resultado é uma sensação de insegurança.

Psicológico? Não! O problema é real! É uma questão cultural e não se queira ir contra algo tão intrinsecamente apreendido pelos camacheiros como o "SEU" Chefe da "SUA" Esquadra.