segunda-feira, 30 de março de 2009

Tradição do "Espírito Santo"

Uma vez que vou referir-me à religião Católica, começo por afirmar que fui educado com os seus valores mas não tenho hábito de "ir à missa".

A vinda de um novo Padre para as Paróquias da Camacha trouxe, naturalmente, algumas mudanças. Foi notório o aumento de fiéis a assistir às Missas e registo com agrado o aumento da dinâmica das nossas Paróquias.

Sempre que algo muda, surgem reacções favoráveis e contrárias, algo perfeitamente natural e positivo quando promotor de discussão de ideias e temas.

Uma das mudanças que mais discussão parece provocar é a alteração das datas e dos dias das visitas Pascais. Com todo o respeito devido, aqui junto a minha discordância pela mudança, pois julgo não ser positivo esta configuração anunciada.
http://www.paroquiadacamacha.com/web/index.php?option=com_content&view=article&id=41&Itemid=52

As mudanças contemplam que as visitas aos Salgados e Ribeiro Fernando não se façam no Domingo de Páscoa, passando a visita à Ribeirinha para um Domingo, também. Resultado destas alterações, as visitas à Achadinha e ao Rochão passam a ser feitas no mesmo dia.

Ora isto mexe com as tradições da Camacha...

Concordo que o Domingo de Páscoa seja de convívio familiar e rejubilo Cristão e que se reagende a visita dos Salgados e Ribeiro Fernando para o domingo seguinte, o que até resultará numa maior participação de fiéis nas celebrações religiosas do dia.

Mas no caso da Ribeirinha, não posso concordar. Há muitos anos que o Pe. João Ferreira falava em alterações deste género, mas por ter optado pela via do "referendo", correcto e democrático, percebeu que a vontade da maioria dos fiéis da sua paróquia, era pela manutenção da tradição.

Portanto, perante a vontade expressa do povo, algo tão tradicional como a "segunda-feira da Ribeirinha" permaneceria inalterado.

Em favor da alteração está o facto de ser dia de trabalho, o que provoca alguns constrangimentos, mas a maioria dos fiéis votaram pela sua continuidade e é uma forte tradição característica e única da Freguesia da Camacha.

Esta tradição é amplamente reconhecida, como podemos verificar no site www.agencia.ecclesia.pt
"Visitas pascais anunciam Jesus Ressuscitado na Madeira
(...) nas paróquias da Tabua e da Camacha principiam no Domingo de Páscoa, sendo também tradicional na Camacha efectuar uma visita pascal na Segunda-feira.

Têm ritos próprios que, contudo, podem variar consoante as tradições das respectivas paróquias. Todavia os símbolos são idênticos em todas as comunidades paroquiais: as bandeiras, a coroa e o ceptro que são transportados pelos elementos que efectuam aquelas visitas.(...)
"

Achadinha e Rochão
Na Camacha, a tradição do Espírito Santo é fortemente vivida em família. É com alegria que as pessoas recebem familiares e amigos, mesmo em tempo de maiores dificuldades financeiras. Ter a casa cheia é um orgulho e satisfação.

Infelizmente aa visitas aos Sítios da Achadinha e Rochão estão agendadas para o mesmo domingo. Sendo dois Sítios de grande dimensão e com muita população, vão quebrar-se tradições e hábitos de visita e convívio, gerados e solidificados ao longo de muitos anos, sem nunca perder força.

Naturalmente que discordo e sugiro que, a haver junção de dois Sítios, que seja o Rochão com o Ribeiro Serrão, por este último ser de menor população.

Terminando, reafirmo que considero muito positiva a acção do Pe.Duarte, que trouxe nova e forte dinâmica às nossas paróquias, reaproximando os fiéis. Contudo não estou de acordo com algumas alterações nas visitas do Espírito Santo e já lho fiz saber. Nada disto desmerece o trabalho que está a desenvolver, mas espero que tenha em maior conta as tradições da nossa terra, afinal tão diferente de todas as outras e Capital da Cultura Tradicional da Madeira.

Uma palavra aos leitores. Espero que participem activamente, com as vossas sugestões, críticas e opiniões, favoráveis ou não, mas com o devido respeito e elevação que o assunto e as pessoas envolvidas merecem.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Café Relógio em queda...

Quem, como eu, cresceu frequentando de várias formas o Café Relógio, no meu caso mais por dentro devido ao Grupo Folclórico, não deixará de sentir nostalgia por estes dias e até tristeza pelo que se sente num marco indelével da nossa Camacha...

Café Relógio significa tradição, muito pelo artesanato do vime que promove e comercializa e pela animação de folclore e musical do seu restaurante. É uma referência Turística!

Mais que isso, é um espaço comercial que cresceu em volta de um MONUMENTO! não nos esqueçamos disso! Infelizmente cresceu de forma arquitectónicamente desordenada, retirando imponência à própria torre...

Voltando à actualidade, deram-se algumas alterações na estrutura organizativa da empresa e muito mudou, como era imperativo, verdade, mas da desejada renovação de imagem, cuidada, pensada e mantendo toda a força cultural inerente àquelas paredes... enfim...

Começo pelo PUB, um local de referência, a precisar de remodelação, nova mobília e talvez algumas mudanças, mas tornar um dos primeiros PUB's à inglesa da Madeira numa sala com mesas de alumínio, impregnada de fumo, com uma horripilante decoração remodelada...

Os dois manequins à entrada, habitualmente "vestidos" com trajes tradicionais sem qualquer rigor, retratam a nossa tradição de forma errada e brejeira. De enrubescer qualquer Camacheiro...

A esplanada... Fico-me por dizer que na terra dos vimes e na casa que mais o promove, a esplanada é de plástico...

A animação do restaurante... Bom, naturalmente que há menos actuações, porque há menos clientes, tudo bem e tudo muito certo. Mas o baile de Carnaval deste ano deixou-me absolutamente irritado!

Como habitualmente, alguns clientes dispensaram o jantar e apenas pagaram a entrada para o baile, esperando a animação costumeira com musica ao vivo, boa disposição e um ambiente muito agradável.

Mas em vez de musica ao vivo, um "mascarado" (mal) a pôr CD's, sem critério, sem sequência rítmica, sem qualidade de mistura, sem tudo o que um DJ deve ser e ter! Péssimo!

Nem a qualidade do som, a própria equalização estava bem. Mexeu nos botões errados e já nem foi capaz de acertar o som...

Luzes coloridas nem vê-las... só brancas e estáticas....

Muito mau mesmo... Valeu a pena poupar na qualidade?

Fico triste... Vejo um ícone da minha Vila morrer lentamente...

Para pensar:

Que imagem temos do Café Relógio?

Com que imagem ficam os que o visitam?

Que imagem levam os Turistas da Camacha?

É preciso que o Café Relógio seja financeiramente viável, mas assim destrói-se a si próprio, perde tudo o que lhe torna referência e degrada a imagem da nossa Vila...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"Expo Saldos" no Pavilhão da Camacha

Dias 6, 7 e 8 de Fevereiro

Este fim-de-semana a Vila da Camacha acolhe um evento diferente, dedicado à venda de roupa, têxteis e outros produtos em saldos, outlet e outras promoções.

Pela primeira vez na Região, realiza-se a "Expo Saldos", tendo a organização escolhido a nossa Vila pela sua centralidade, afinal estamos a apenas 10min do Funchal, e pela própria projecção que a Vila naturalmente tem.

Numa altura em que a Vila está no centro das atenções, pela reivindicação de um posto da PSP, pela construção de uma piscina, mercado, auditório e a própria remodelação da Achada, será um fim-de-semana de importante promoção da Vila que importa não desperdiçar.

Tem a palavra o comércio local...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Natal na Camacha

Terminado o Natal, gostava de saber a vossa opinião sobre como esta época festiva foi vivida na Camacha.

A aposta na iluminação de Natal, parece-me cada vez mais adequada e tem trazido um brilho especial à Vila.

As animações, como a Função do Porco, Missa do Parto com quebra-jejum e Auto de Natal, também se mostram cada vez mais como cartazes e atraem muitos visitantes.

A Noite de Natal dispensa apresentações. Apesar da chuva, foi mais uma noite mágica!

Ideias para melhorar, inovar ou recuperar? Festejar o Natal na Camacha é único!