sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Vimes, arte antiga...

... a que não faria mal uma modernização...

Enquanto adolescente, aprendi alguma da arte de trabalhar o Vime, passando um verão na oficina do Sr.Manuel, que construía mobílias. Aprendi todo o processo, e lembro-me bem das marcas que "liar" uma cadeira deixam nas pontas dos dedos. É uma arte dura, fisicamente exigente e só ao alcance de alguns (não foi o meu caso).

A dureza da arte, as dificuldades financeiras das famílias Camacheiras, a crise de encomendas, a concorrência Chinesa e outros factores contribuiram para o actual estado da "Obra de Vimes" na Freguesia da Camacha. Restam poucos artesãos activos e é notória a crise financeira do sector.

Mas isto, já todos sabemos... Que fazer então? Deixar a arte desaparecer? Satisfazer-se com produção residual?

Bom, recebi um email com uma sugestão que me deixou a pensar numa solução de fundo, a modernização do design das peças!

Obra de Vimes

Há muito que se alerta para a necessidade de modernização, mas pouco se tem visto. Peças modernas ou com design arrojado e inovador, pouco ou nada...

Inove-se! Sugiro aos empresários que aliem a qualidade de trabalho que os Camacheiros têm, à criatividade de designers e outros artistas. Criem-se peças modernas, com design apelativo e que se

Um exemplo Camacheiro: o Bordado Madeira e a criatividade da estilista Fernanda Nóbrega, fórmula de sucesso internacional! Que tal a sector dos Vimes seguir este e outros exemplos?

E, por favor, não digam "tradicional é assim"...

2 comentários:

cbrazao disse...

Acho muito bem modernizarem as peças de vime. De facto a estilista Fernanda Nobrega tem tido muito sucesso com a sua ,modernização do bordado madeira.
Um abraço cbrazao

Anónimo disse...

Isso é tudo muito bonito mas, quero saber se os militantes da cdu e toda a gente que revendica que a obra de vimes não deve terminar, se está disposta a iniciar o ofício antes amanhecer e chegar a casa, estourado, já a noite se pôs, a troco de um ordenado mínimo(se muito).
Quero saber quem, da nova geração, está disposto a continuar a tapar fundos e todos as operações que envolvem essa arte, a troco de uns míseros tostões...