quarta-feira, 22 de abril de 2009

Discutir a Camacha - Auditório

A temática dos meus dois últimos posts, trouxe maior visibilidade ao blog, quer pelo impacto dos temas na Vila, quer pela discussão que se gerou em torno dos mesmos.

Infelizmente, tive de rejeitar alguns comentários, mas considero importante que este espaço continue a promover a discussão de ideias e rumos para a nossa Vila.

Porque a tradição foi um tema transversal, sugiro que sigamos por aí, e estou receptivo a sugestões sobre temas que queiram ver aqui analisados e debatidos dna78@netmadeira.com

"Capital da Cultura Tradicional da Madeira"
Este grande "chavão", é atribuído à nossa Vila há muito, mas é amplamente reconhecido que faltam as infra-estruturas que suportem a actividade cultural, existindo já compromissos assumidos pelo Governo Regional e Município de Santa Cruz, para a renovação do centro da Vila e a construção de um auditório.

Porque estes compromisso estão já em execução, importa discutir que ideias temos sobre as intervenções no centro da Vila, quer na remodelação do Largo e de outras estruturas, quer na construção de novas.

Apesar de se dizer que a "Camacha parou no tempo", um olhar atento descobre facilmente a beleza natural e a identidade Camacheira que o nosso centro tem, desde o Hotel Velho à Quinta das Almas. É realmente um sítio único e com potencial elevadíssimo, se exceptuarmos as condições climatéricas, que carece de intervenção rápida mas cuidada e estruturada.

A indispensável intervenção de fundo no centro deve, portanto, dotá-lo de um auditório, mercado, estacionamentos, campo de jogos e monumentos alusivos à história da Vila, ampliando a beleza que a Natureza empresta e a linha eminentemente caracterizadora de uma "Capital da Cultura Tradicional". Como? Para não tornar o post demasiado extenso, vou abordar um ponto de cada vez.

Auditório
Fruto de discussões já mantidas entre as entidades culturais da Vila, posso afirmar como consensual a ideias de um edifício multi-funcional, capaz de albergar exposições permanentes (versando a história da Camacha) e periódicas, actividades regulares dos grupos, desde ensaios a gravações de "demos" e experimentalismos, devendo ser dinamizado com uma área comercial que possibilite o financiamento de projectos e a visita regular de público. Claro, com parque de estacionamento integrado ou construído nas proximidades.

O objectivo primordial é a conjugação de valências técnicas, acústicas, de bastidores e de conforto para o público, que façam este um espaço capaz de receber todas as vertentes artísticas de palco, desde os aprendizes aos mestres, possibilitando que a Camacha receba grandes artistas ao mesmo tempo que apresenta ao mundo a enorme, variada e de qualidade assinalável, produção própria.

Veja-se a quantidade e qualidade dos aprendizes e músicos da banda, Tuna e Conservatório, as "bandas de garagem", os artitas de teatro, os artistas plásticos, os cantores, os dançarinos e os bailadores, veja-se tanta capacidade para dinamizar o auditório. Para os mais cépticos, nada como uma vistia ao blog do meu amigo Nélio, que está a fazer um trabalho notável de recolha e divulgação: AlternativaCamacha.blogspot.com

Visitar a Camacha, estacionar, visitar o auditório onde se aprecia uma exposição plástica, aprende a História da Vila, se assiste a um espectáculo e, depois, relaxa confortavelmente num café com serviço Wi-Fi. É assim que o vejo...

3 comentários:

Anónimo disse...

Ola
Felicito desde já o grande trabalho aqui feito pelo Nuno, o blog está 5 estrelas :D
Para os mais jovens como eu, (e não só)um espaço na net onde se fale sobre a nossa terra é sempre bem vindo.
Acho que a camacha está um pouco apagada e precisa de ser renovada.
Como o Nuno dize, desde o hotel velho até á quinta das almas temos um vastissimo espaço com edificios historicos e espaços caracteristicos com um elevado potêncial.
O hotel velho, a quinta da camacha e a quinta das almas são edificios cheios de história e estão degradados e ao abandono. A minha sugestão era que as autoridades competentes adquirissem esses edificos para proceder á sua restauração e posteriormente utilizar um desses edificios como um auditório por exemplo.
Assim matavam-se 2 coelhos de uma vez, recuperava-se o que é tradição e ainda disponhamos de um espaço completamente novo e a ser utilizado.

Pedro A.

Nélio Martins disse...

Venha o auditório e os apoios, pois os artistas já cá estão (no fundo é graças a eles que a Camacha detém a designação de "Capital da Cultura Tradicional da Madeira", correcto?). Reconheço que nos últimos anos a motivação aos artistas mais marginalizados (em tempos) tem crescido, o que é de louvar (graças às noites rock, por exemplo, do Art'Camacha), mas o incentivo à Arte, em geral - sobretudo numa terra com um povo tão criativo e determinado -, é muito importante. A criação do anexo do conservatório já foi uma grande conquista, e agora, bem vindo seja o auditório!

agostinho teixeira disse...

Continuo na minha, estamos em tempo de crise e há que saber investir bem. Um pavilhão multiusos, é o ideal. Este, teria claro condições especiais para a musica.O espaço não abunda no centro da Camacha que precisa de possuir outros para outras actividades. Para mim, um subterraneo debaixo da achada, continua a ser o mais barato e dava para tudo, pois é essencial o investimento privado na Nossa terra e em volta do coração da Camacha, a achada, está tudo maneatado: Café Relógio, Capela, Centro Saude, Casa Povo, Banif....Só o terreno do Adolfo como era conhecido ainda tem possibilidades de se construir, mas este espaço acho que deveria ficar para a iniciativa privada, nomeadamente para instalaçõa futura do sr Gil e Sr David e quem sabe até do Sr Manuel Nóbrega, para se poder alargar a estrada entre a Ahaada e o branquinho... Alternativa, casa do Dr Nóbrega. tem area suficiente para construir auditorio, estacionamentos e fica continuo a Casa do Povo...